sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Fichamento do livro História da América Latina. “A Colonização Portuguesa do Brasil, 1500-1580”. Leslie Bethell

BETHEL, Leilie (Org.). “A colonização Portuguesa do Brasil, 1500-1580”, História da América Latina. Vol 1. América Latina Colonial. 2ª ed. São Paulo: Edusp, 2004. P 241-281.
                                                                                       Por Sidney dos Santos

Imagem retirada do google




O texto nos trás os aspectos e motivos que levaram as potências europeias a explorarem os mares.  A Europa passava por uma grande crise onde o seu crescimento populacional fez com que não houvesse formas de abastecimento para a população, e assim ocorresse o despovoamento de cidades e assim criando uma crise Feudal. Devido a essa crise houve a necessidade de se jogar ao mar em busca de novas terras e riquezas. Sendo assim a coroa Portuguesa iniciou suas procuras por novas terras, onde obteve a conquista da Ilha da Madeira e Canária, que mais tardes serviriam como modelo colonização para o Brasil, um pouco diferente, pois essas ilhas não eram habitadas e o Brasil era. Na ilha da Madeira surge a agricultura capitalista, com a produção do açúcar e os vinhedos e vinhos finos.

Vasco da Gama descobre as Indias em 1498, na segunda viagem, devido ao cansaço de Vasco Gama, o fidalgo Pedro Alvares Cabral, tem a oportunidade de "descobrir" o Brasil. Ao ser "descoberta" as novas terras o relato foi feito a coroa. Houve uma segunda viagem para as novas terras "descobertas", terras que inicialmente ficou sendo chamada de Ilha de Vera Cruz. Américo Vespucio foi o responsável de relatar as riquezas da nova terra, entretanto os portugueses tiveram uma visão equivocada, visão que fez com que o Brasil só fosse colonizado 30 anos mais tarde. Américo Vespucio relata a Coroa a árvore de tintutura, ou seja, o pau – brasil, e leva as primeiras amostra para Portugal, a partir dai as novas terras deixa de se chamar Ilha de Vera Cruz e passa a se chamar Brasil.

·         ... “Portugal, como o restante da Europa, havia sofrido um severo declínio populacional na metade do século XIV; o abandono subsequente de terras periféricas juntamente com o despovoamento de cidades e aldeias criara uma “crise feudal” clássica, com as camadas superiores da sociedade sendo esmagadas economicamente pela perda de boa parte de sua renda costumeira”. (p 241)
·         “No, entanto o avanço português não se limitou a descer a costa oeste da África, por mais importante que isso se tenha revelado no final. Essas viagens marítimas inevitavelmente puseram-nos em contato com as ilhas do Atlântico – inicialmente Madeira e as Canárias próximas, mais tarde Açores e Cabo Verde. Foi a experiência de Portugal nessa região, mais do que na África, que criou os padrões utilizados mais tarde na colonização do Brasil”. ( p 242)

·         “Relata-se que Vasco da Gama, após se retorno das Índias em 1499, alegou cansaço e recomendou que a expedição subsequente de 1500 fosse confiada a Pedro Álvares Cabral, um fidalgo e membro da casa real. A frota de cabral, formada por treze navios, seguiu a rota de Vasco da Gama de Lisboa via Canária até Cabo Verde, mas após atravessar as calmarias, foi empurrado para o oeste por ventos e correntes do Atlântico Sul e acabou por avistar, a 22 de abril de 1500, a costa brasileira perto de Porto Seguro atual”. ( p 246)

·         “A segunda frota de três caravelas deixou Lisboa em maio de 1501, sob o comando de Gonçalo Coelho, trazendo a bordo Américo Vespucio como cronista”. ( p 246)

·         “... não encontro nada de que possa tirar-se proveito, salvo infinidade de árvoresde tinturaria e de cássia...” ( p247)

Com uma visão equivocada da terra, pois os portugueses achavam que o Brasil não era tão rica, eles resolveram arrendar o Brasil, ou seja, a coroa portuguesa, entregou as terras para que fosse explorada por terceiros, nesse caso Fernaão Noronha, ao arrendar a terra á assinatura de um contrato. Em 105 se expira o contrato e a coroa assume o controle novamente até 1534, pois a coroa volta a arrendar  as terras, desta vez para senhores no intuito de colonizar. E a criação de feitorias reais no Brasil. O interesse português na colônia brasileira era só econômico. Ainda existia duvida em relação as riquezas existentes. Portugal e Espanha passam a disputar por terras brasileiras, em busca de rotas para a conquistas de especiarias, entretanto o maior problema dos portugueses não eram os espanhois mas sim os franceses com o comércio ilegal do pau-brasil. Pois devido a concorrência francesa no comércio do pau-brasil, a coroa portuguesa teve queda nos lucros e o preço material caiu. Portanto para impedir as invasões francesas os portugueses, passaram a vigiar a costa brasileira com frotas. Os franceses continuam a fazer comércio no Brasil, e vão a justiça lutar contra os direitos de Portugal sobre a colônia brasileira, pois os portugueses não a habitava completamente, como os portugueses não habitavam completamente as terras brasileiras os franceses se sentiam no direito de fazer comércio, a coroa portuguesa percebe que impossível expulsar os franceses, através de patrulhas marítimas, o Brasil possui grandes dimensões, e a coroa não possuía recursos, portanto a França seguiu fazendo negócios.

Com a política portuguesa em desenvolvimento, Dom João III, junto com seus conselheiros chegam a conclusão de que era necessário implantar colonias no Brasil, Martim Afonso foi o responsável por patrulhar a costa brasileira e criar a primeira colônia, a de São Vicente. Os portugueses através da implantação das colonias passaram a impedir os índios de comerciar com os franceses. A coroa passou os custos desta colonização para investidores due viram na cana – de – açúcar um bom investimento no novo mundo.

·         ... “No contexto da experiência anterior de Portugal no Atlântico, a natureza do Brasil era ambígua”. (p 248)

·         “Para desenvolver os poucos produtos comercializáveis que foram encontrados (madeira para tintura, macaco, escravos e papagaios) a coroa optou por arrendar o Brasil a um consórcio de comerciantes de Lisboa, encabeçados por Fernão Noronha, que já havia adquirido alguma importância no comércio com a África e as Índias”. (p 248)

·         “Nos anos seguintes (1506- 1534) de exploração da coroa, Portugal continuou a adotar padrões criados na África durante o século XV, isto é, manteve feitorias reais numa série de pontos estratégicos ao longo da costa (Pernambuco, Bahia?, Porto Seguro?, Cabo Frio, São Vicente?), mas autorizava embarcações particulares a comerciar os nativos sob seus auspicios”. ( p 249)

·         “Mais importantes a longo prazo que as tentativas espanholas ao longo das costas brasileiras foi o comércio ilegal do pau-brasil pelos franceses”. (p 251)

·         ...” A competição francesa não apenas privou a coroa portuguesa de lucros, mas também abaixou o preço do pau-brasil devido ao aumento da oferta no mercado da Antuérpia”. ( p 251)

·         ...” Em vez de tentar impedr que o navios franceses aprtassem na costa brasileira, os portuguees esteabeleciam uma série de colônias para impedir que a população indígena comerciasse diretamente eles(franceses)”. ( p 253)





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