BETHEL, Leilie (Org.). “A colonização Portuguesa do Brasil,
1500-1580”, História da América
Latina. Vol 1. América Latina Colonial. 2ª ed. São Paulo: Edusp, 2004. P
241-281.
O texto nos trás os aspectos
e motivos que levaram as potências europeias a explorarem os mares. A Europa passava por uma grande crise onde o
seu crescimento populacional fez com que não houvesse formas de abastecimento para
a população, e assim ocorresse o despovoamento de cidades e assim criando uma
crise Feudal. Devido a essa crise houve a necessidade de se jogar ao mar em
busca de novas terras e riquezas.
Sendo assim a coroa Portuguesa iniciou suas procuras por novas terras, onde
obteve a conquista da Ilha da Madeira e Canária, que mais tardes serviriam como
modelo colonização para o Brasil, um pouco diferente, pois essas ilhas
não eram habitadas e o Brasil era. Na ilha da Madeira surge a agricultura
capitalista, com a produção do açúcar e os vinhedos e vinhos finos.
Vasco da Gama descobre as
Indias em 1498, na segunda viagem, devido ao cansaço de Vasco Gama, o fidalgo
Pedro Alvares Cabral, tem a oportunidade de "descobrir" o Brasil. Ao ser "descoberta" as novas terras o relato foi feito a coroa. Houve uma segunda viagem
para as novas terras "descobertas", terras que inicialmente ficou sendo chamada de
Ilha de Vera Cruz. Américo Vespucio foi o responsável de relatar as riquezas da
nova terra, entretanto os portugueses tiveram uma visão equivocada,
visão que fez com que o Brasil só fosse colonizado 30 anos mais tarde. Américo
Vespucio relata a Coroa a árvore de tintutura, ou seja, o pau – brasil, e leva
as primeiras amostra para Portugal, a partir dai as novas terras deixa de se
chamar Ilha de Vera Cruz e passa a se chamar Brasil.
·
... “Portugal, como o restante da Europa,
havia sofrido um severo declínio populacional na metade do século XIV; o
abandono subsequente de terras periféricas juntamente com o despovoamento de
cidades e aldeias criara uma “crise feudal” clássica, com as camadas superiores
da sociedade sendo esmagadas economicamente pela perda de boa parte de sua renda
costumeira”. (p 241)
·
“No, entanto o avanço português não se
limitou a descer a costa oeste da África, por mais importante que isso se tenha
revelado no final. Essas viagens marítimas inevitavelmente puseram-nos em
contato com as ilhas do Atlântico – inicialmente Madeira e as Canárias
próximas, mais tarde Açores e Cabo Verde. Foi a experiência de Portugal nessa
região, mais do que na África, que criou os padrões utilizados mais tarde na
colonização do Brasil”. ( p 242)
·
“Relata-se que Vasco da Gama, após se retorno
das Índias em 1499, alegou cansaço e recomendou que a expedição subsequente de
1500 fosse confiada a Pedro Álvares Cabral, um fidalgo e membro da casa real. A
frota de cabral, formada por treze navios, seguiu a rota de Vasco da Gama de
Lisboa via Canária até Cabo Verde, mas após atravessar as calmarias, foi
empurrado para o oeste por ventos e correntes do Atlântico Sul e acabou por
avistar, a 22 de abril de 1500, a costa brasileira perto de Porto Seguro
atual”. ( p 246)
·
“A segunda frota de três caravelas deixou
Lisboa em maio de 1501, sob o comando de Gonçalo Coelho, trazendo a bordo
Américo Vespucio como cronista”. ( p 246)
·
“... não encontro nada de que possa tirar-se
proveito, salvo infinidade de árvoresde tinturaria e de cássia...” ( p247)
Com uma visão equivocada da terra, pois
os portugueses achavam que o Brasil não era tão rica, eles resolveram arrendar
o Brasil, ou seja, a coroa portuguesa, entregou as terras para que fosse
explorada por terceiros, nesse caso Fernaão Noronha, ao arrendar a terra á
assinatura de um contrato. Em 105 se expira o contrato e a coroa assume o
controle novamente até 1534, pois a coroa volta a arrendar as terras, desta vez para senhores no intuito
de colonizar. E a criação de feitorias reais no Brasil. O interesse português
na colônia brasileira era só econômico. Ainda existia duvida em relação as
riquezas existentes. Portugal e Espanha passam a disputar por terras
brasileiras, em busca de rotas para a conquistas de especiarias, entretanto o
maior problema dos portugueses não eram os espanhois mas sim os franceses com o
comércio ilegal do pau-brasil. Pois devido a concorrência francesa no comércio
do pau-brasil, a coroa portuguesa teve queda nos lucros e o preço material
caiu. Portanto para impedir as invasões francesas os portugueses, passaram a
vigiar a costa brasileira com frotas. Os franceses continuam a fazer comércio
no Brasil, e vão a justiça lutar contra os direitos de Portugal sobre a colônia
brasileira, pois os portugueses não a habitava completamente, como os
portugueses não habitavam completamente as terras brasileiras os franceses se
sentiam no direito de fazer comércio, a coroa portuguesa percebe que impossível
expulsar os franceses, através de patrulhas marítimas, o Brasil possui grandes
dimensões, e a coroa não possuía recursos, portanto a França seguiu fazendo
negócios.
Com a política portuguesa em desenvolvimento,
Dom João III, junto com seus conselheiros chegam a conclusão de que era
necessário implantar colonias no Brasil, Martim Afonso foi o responsável por
patrulhar a costa brasileira e criar a primeira colônia, a de São
Vicente. Os portugueses através da implantação das colonias passaram a impedir
os índios de comerciar com os franceses. A coroa passou os custos desta
colonização para investidores due viram na cana – de – açúcar um bom
investimento no novo mundo.
·
... “No contexto da experiência anterior de
Portugal no Atlântico, a natureza do Brasil era ambígua”. (p 248)
·
“Para desenvolver os poucos produtos
comercializáveis que foram encontrados (madeira para tintura, macaco, escravos
e papagaios) a coroa optou por arrendar o Brasil a um consórcio de comerciantes
de Lisboa, encabeçados por Fernão Noronha, que já havia adquirido alguma
importância no comércio com a África e as Índias”. (p 248)
·
“Nos anos seguintes (1506- 1534) de
exploração da coroa, Portugal continuou a adotar padrões criados na África
durante o século XV, isto é, manteve feitorias reais numa série de pontos
estratégicos ao longo da costa (Pernambuco, Bahia?, Porto Seguro?, Cabo Frio,
São Vicente?), mas autorizava embarcações particulares a comerciar os nativos
sob seus auspicios”. ( p 249)
·
“Mais importantes a longo prazo que as
tentativas espanholas ao longo das costas brasileiras foi o comércio ilegal do
pau-brasil pelos franceses”. (p 251)
·
...” A competição francesa não apenas privou
a coroa portuguesa de lucros, mas também abaixou o preço do pau-brasil devido
ao aumento da oferta no mercado da Antuérpia”. ( p 251)
·
...” Em vez de tentar impedr que o navios
franceses aprtassem na costa brasileira, os portuguees esteabeleciam uma série
de colônias para impedir que a população indígena comerciasse diretamente
eles(franceses)”. ( p 253)
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