sábado, 26 de agosto de 2017

Fichamento do capítulo 1 do livro Dialética da Colonização. “Colônia, culto e cultura”. Bosi, Alfredo.

Bosi, Alfredo – “Colônia, culto e cultura”, Dialética da Colonização, 2ª edição, Companhia das Letras, São Paulo / SP, p 11-63, 1992.

                                                                                                    Por Sidney dos  Santos



É um texto que nos trás aspectos da formação da sociedade brasileira. Trata das influências e dos conceitos recebidos. Analisando nossa formação cultural, as influências que o povo brasileiro sofreu e que afetaram o processo cultural e a nossa formação histórica. Tudo isso procurando analisar também o colonizador, ou seja, procurando entender os objetivos e suas ideias. Pois o colonizador tinha o objetivo do povoamento, exploração do solo. Através da colonização ocorre o desenvolvimento, econômico, político, pois a conquistas de novas terras existe a possibilidade de conquistas de riquezas, ocorre o desenvolvimento do meio de produção, conquistas que geram títulos de nobreza, trazendo as relações de poder.
Através do texto podemos identificar as varias formas de colonização, e a demonstração de poder do colonizador, podemos também observar o nosso processo de cultura a imposição cultural que houve, e identificar as questões do simbolismo, passados de gerações em geração.

·         “Não por acaso, sempre que se quer classificar os tipos de colonização, distinguem-se dois processos: o que se atem ao simples povoamento, e o que conduz à exploração do solo. Colo está em ambos: eu moro; eu cultivo”. (p 11-12)

·         “Como se fossem verdadeiros universais das sociedades humanas, a produção dos meios de vida e as relações de poder, a esfera econômica e a esfera política, reproduzem-se e potenciam-se toda vez que se põe em marcha um ciclo de colonização”. (p 12)

·         “O traço grosso da dominação é inerente às diversas formas de colonizar e, quase sempre, as sobre determina. Tomar conta de sentido básico de colo importa não só em cuidar, mas também em mandar”. (p 12)

·         “E a necessidade de uma saída para o comércio, durante o árduo Ascenso da burguesia, entrou como fator dinâmico do expansionismo português no século XV”. (p13)

·         “A colonização é um projeto totalizante cujas forças motrizes poderão sempre buscar-se no nível do colo: ocupar um novo chão, explorar os seus bens, submeter os seus naturais”. (p15)

·         “Cultura é o conjunto das práticas, das técnicas, dos símbolos e dos valores que se devem transmitir às novas gerações para garantir a reprodução de um estado de coexistência social”. (p16)

·         “Cultura supõe uma consciência grupai operosa e operante que I desentranha da vida presente os planos para o futuro”. (p16)

·         “Aculturar um povo se traduziria, afinal, em sujeitá-lo ou, no melhor dos casos, adaptá-lo tecnologica-mente a um certo padrão tido como superior”. (p17)

O texto eles nos remete a compreender os objetivos do colonizador, econômico, religioso, o progresso que eles queriam adquirir, até pelo fato de naquele momento o pré-capitalismo se iniciar, Portugal passava por crise e precisava se expandir. Demonstra o poder autoritário do colonizador e as atitudes mais banais praticadas, como o escravismo, os constrangimentos praticados contra os índios e os negros, além do trabalho escravo algo que retrocede ao capitalismo, e que é criticado por Marx.

·         “Não se pode negar o caráter constante de coação e dependência estrita a que foram submetidos índios, negros e mestiços nas várias formas produtivas das Américas portuguesa e espanhola”. (p21)

·         “O genocídio dos astecas e dos incas, obra de Cortez e de Pizarro, foi apenas o marco inaugural”. (p21)

·         : "A produção de capitalistas e trabalhadores assalariados é, portanto, um produto fundamental do processo pelo qual o capital se transforma em valores". (p23)

·         “O colono incorpora, literalmente, os bens materiais e culturais do negro e do índio, pois lhe interessa e lhe da sumo gosto tomar para si a força do braço, o corpo de suas mulhere”. (p29)

·         “O combate de morte entre o bandeirante de São Paulo e o jesuíta, com a derrota final deste em meados do século XVIII, diz eloquentemente de uma oposição virtual que explode quando a prática paternalista dos missionários e a crua exploração dos colonos já não se ajustam mutuamente”. (p31)

O texto demonstra o conflito de interesses político e religioso, mais uma vez é necessário falar da imposição cultural dos colonizadores, que julgavam a cultura e o culto, a devoção dos negros e dos índios como abomináveis.
A influência do europeu, que é carregada até os tempos de hoje, onde um povo que mal sabe falar o português conseguia responder ao mestre de reza em latim. Uma mistura de cultura possível através da oralidade, à mistura de cultura que a partir dai surge à mestiçagem.
O novo através do seu poder impõe a sua cultura, o antigo ou ele se adapta ao sistema, mesmo que mantenha traços tradicionais ou então irá sofrer. Entretanto onde existir uma cultura enraizada, sempre irá existir uma cultura tradicional, voltada para o culto, onde vai envolver as questões simbólicas, mantendo assim de certa forma a consciência de sua identidade. Porém a adaptação ao sistema às vezes é necessária.
O texto trás a questão da generosidade da cultura popular, que sempre está aberta as múltiplas influências e sugestões. Trás a questão da intolerância dos Jesuítas para com a cultura do índio e do negro, pois demonizaram as práticas religiosas. Cita a rigidez e as práticas arcaicas dos colonizadores.

·         “O poder eclesiástico entra em litígio frequente com os interesses e a jurisdição civil”. (p33)

·         “O sonho de D. Manuel deve ser prenúncio de bom sucesso, pois faz parte da econômia ideológica da epopéia”. (p39)

·         “Já parece ritual dos navegantes falar em “aparelhar a alma para a morte”. (p39)

·         “Em um espaço de raças cruzadas e populações de diversas origens a sua linguagem acabou ficando mestiça, a tal ponto que beirava o anacronismo falar de uma cultura negra ou de uma cultura indígena ou mesmo de cultura rústica em estado puro. (p46)

·         “O capelão começou a entoar nesse instante o hina á virgem, em latim (“Salve Regina, Mater Misericordia”...), e, o que estranhei, foi seguido de pronto sem qualquer hesitação pelos presentes. Depois veio o espantoso para mim: A reza, também entoada, de toda a extensa ladainha de nossa senhora igualmente em latim”. (p49)

·         “Quando saí a capela perguntei ao mestre de reza quem lhe ensinara o ofício. Respondeu-me que seu pai, tamb´´em capelão nos sítios de Sorocaba e Açariguama.” (p50)

·         “O que pensar dessa fusão de latim litúrgico medieval posto em prosódia e em música de viola caipira, e da sua resistência à ação per-tinaz da Igreja Católica que, desde o Vaticano II, decretou o uso exclusivo do vernáculo como idioma próprio para toda sorte de celebração”? (p50)

·         “A sugestão teórica dada por Oswaldo Elias Xidieh, um dos mais argutos estudiosos do nosso folclore, é esta: onde há povo, quer dizer, onde há vida popular razoavelmente articulada e estável (Simone Weil diria enraizada), haverá sempre uma cultura tradicional, tanto material quanto simbólica, com um mínimo de espontaneidade, coerência e sentimento, se não consciência, da sua identidade”. (p51)

·         “Não há dúvida de que, nos traumas sociais e nas migrações forçadas, os sujeitos da cultura popular sofrem abalos materiais e espirituais graves, só conseguindo sobrenadar quando se agarram à tábua de salvação de certas engrenagens econômicas dominantes”. (p51)

·         “É notório o fato de que os primeiros jesuítas demonizaram, de plano, as práticas religiosas tupis fazendo exceção ao nome Tupã arbitrariamente assimilado ao Deus bíblico. Com os ritos africanos a atitude de recusa foi ainda mais radical”. (p61)

·         “A rigidez ortodoxa selada pelo Concilio de Trento abominava as danças e os cantos afro-brasileiros”. (p62)

·         “A colonização retarda, também no mundo dos símbolos, a democratização”. (p62)




FATORES ATUANTES NA EVOLUÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

SÍNTESE: FATORES ATUANTES NA EVOLUÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

                                                                                   Por Sidney dos Santos
Foto retirada do Google 

A educação no Brasil, algo que avançou, porém, poderia está melhor, pois a educação em terras brasileiras não caminha lado a lado com o seu desenvolvimento. Desde os tempos da colonização onde a metrópole (Portugal), moldava o ensino, e era irredutível e privava o espírito crítico. Época onde só os filhos dos grandes donos de terras e senhores de engenho possuíam acesso a educação. Época onde os padrões educacionais seguiam os moldes Europeus, os Jesuítas ficavam com função de desenvolver a educação na colônia. Tal educação que era pouco voltada para ciência, até pelo fato dos Jesuítas terem por objetivo a catequização do povo, portanto a educação Jesuíta era pouco voltada para economia e para o trabalho. Era uma educação com uma cultura transplantada, que trazia desigualdade.
Entretanto a educação passou a ser vista como um símbolo de classe, “status”, onde pessoas que não possuíam terras e nem títulos de nobreza, atrevés da educação conseguiam galgar padrões superiores socialmente e assim se igualar as outras, a educação passou a ser mais exigida, atingindo assim uma evolução.
O ensino tradicional, de autoridade dos Jesuítas perde força e o Estado passa a assumir a educação, entretanto pouca coisa se muda, pois o estado continua a beneficiar os grandes senhores de terras e senhores de engenho.
 Com a educação sendo vista como um símbolo de status, nova classe surge estimulada também pelos movimentos revolucionista Europeu, a burguesia que passa a lutar por melhorias, ocorre à independência política, a implantação do capitalismo industrial, a educação brasileira passa a sofrer mais uma evolução, pois a partir disso, mais escolas de níveis superiores são criadas, escolas de nível técnico, entretanto a partir da criação do ensino superior o ensino de outros níveis passou a ser desvalorizado, e quem passa a sofrer com essa situação, a camada pobre, que sem muitos recursos não consegue acesso ao ensino superior e fica submetido ao fraco ensino secundário. Algo que não deveria ocorrer, pois através do ensino é que os de menores condições conseguem galgar status maiores e se igualar as camadas dominantes. Porém no Brasil não acontece desta forma, pois quem possui recursos financeiros possuíam mais oportunidades de ter acesso ao ensino superior, e para o pobre sobrava aquele ensino onde se aprendia para desenvolver trabalho braçal.


domingo, 13 de agosto de 2017

Resenha do Filme 1492 A Conquista do Paraíso

1492 A Conquista do Paraíso (1492 Conquest of Paradise), Europa 1992.

                                                                                Por Sidney dos Santos
Imagem retirada do google


O filme (1492 A Conquista do Paraíso) é uma aventura que ao mesmo tempo envolve dramas, de 150 minutos, lançado nos EUA, França e Reino Unido, pela Paramount. Teve como diretor Ridley Scott e foi escrito por Roselyne Bosch.
O filme retrata a viagem do navegador Cristóvão Colombo (Gérard Depardieu), que acreditava ser possível chegar á Índia navegando pelo ocidente. Colombo considerado tanto por Portugal quanto pela Espanha como um estrangeiro, o que realmente era, encontra muitas dificuldades para realizar seu ambicioso projeto.
Visto como louco, pois realizar tal façanha naquela época era considerado impossível. Porém mesmo com grandes dificuldades ele consegue convencer as duas principais lideranças da época, a nobreza e a igreja, pois Colombo afirma que iria propagar a fé católica. Entretanto o principal objetivo era encontrar riquezas, como ouro e a conquista de novas terras e adquirir títulos de nobreza como pode ser percebido no filme.
O Filme retrata o “encontro” dos Europeus com os nativos, inicialmente de forma cordial, amistosa, um clima de curiosidades, porém a ambição fala mais alto, e a exploração das novas terras e dos habitantes que ali estavam se inicia, tudo por um proposito a busca por ouro e por quaisquer outras riquezas.
É possível perceber duas forças que motivaram à colonização do novo mundo, a força da igreja católica que influenciava os reis católicos da Espanha a introduzir o catolicismo, com a ajuda dos jesuítas, que foram  junto com os colonos, para catequizar os nativos, a igreja que vinha converter- los, a cultura e ao costume Europeu, para melhor domestica-los, e usa-los como força de trabalho.
Outro motivo para a exploração das novas terras era ainda maior, era de força econômica, pois a Espanha precisava de ouro e prata.
Vale ressaltar que nesta época a Europa passava por um período de transição da Idade Média (Feudalismo), para Idade Moderna (Capitalismo). O sistema Feudal, onde a economia era desmonetizada, ou seja, eles não utilizavam moedas, a base de trocas era natural. O Capitalismo (Mercantilismo) era monetário, ou seja, eles usavam moedas, e o valor das moedas eram determinados a partir dos metais. Com isso os Europeus se lançaram ao mar, na busca por metais. É importante informar que atráves desta transição também surge uma nova classe social á burguesia. 
O filme demonstra o uso da mão de obra dos nativos, com exploração e maus tratos. Também demonstra Colombo, com uma preocupação aos maus tratos aos índios, mas será que realmente Colombo se preocupava com os nativos? Até porque pode se perceber que Colombo tinha uma ambição pela realização de seus projetos, e temos exemplos de colonizadores que não se importavam com derramamento de sangue, por que Colombo seria diferente? Por que ele se preocuparia com o bem de tais pessoas, consideradas selvagens, sem “Deus”.  
Um fato importante que nos traz uma reflexão é o fato da construção de um forte com um enorme sino, símbolo da Igreja Católica. Uma forma de dominação usada por Colombo e por outros colonizadores europeus, afirmando que ali a “novos donos”. O que nos faz pensar, que os nativos não tivessem uma cultura, não tivessem “Deus”, que necessitassem ser “humanizados”. Fazendo nós percebermos que para o Europeu, o que prevalecia era o seu poder, a sua autoridade, sua cultura, ou seja, eles não tinham interesse em conhecer os saberes dos nativos, somente explorar. Pois nem houve a tentativa de procurar interpretrar a língua dos nativos. Houve á imposição do Europeu, demonstrando o seu poder, causando mudanças profundas na paisagem, e exterminando populações de Indígenas, trazendo doenças.
É um filme que coloca para nós Colombo como o descobridor da América, e o coloca como um ser bondoso, o que nos faz refletir, será que foi mesmo bondoso? Pois os indígenas foram explorados, sua população dizimada, suas terras tomadas. Traz-nos novidades, porém, também nos deixa duvidas. Também retrata a mentalidade sociocultural do mundo Europeu na época, onde colocavam que a terra girava em torno de Deus. Acreditavam que se algo não desse certo, era por causa da vontade de Deus. Eles acreditavam em monstros terríveis no mar, mas a necessidade de riquezas e a coragem de Colombo fizeram com que esse pensamento mudasse, e a mentalidade do Europeu de certa forma evoluísse.  

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Fichamento do livro História da América Latina. “A Colonização Portuguesa do Brasil, 1500-1580”. Leslie Bethell

BETHEL, Leilie (Org.). “A colonização Portuguesa do Brasil, 1500-1580”, História da América Latina. Vol 1. América Latina Colonial. 2ª ed. São Paulo: Edusp, 2004. P 241-281.
                                                                                       Por Sidney dos Santos

Imagem retirada do google




O texto nos trás os aspectos e motivos que levaram as potências europeias a explorarem os mares.  A Europa passava por uma grande crise onde o seu crescimento populacional fez com que não houvesse formas de abastecimento para a população, e assim ocorresse o despovoamento de cidades e assim criando uma crise Feudal. Devido a essa crise houve a necessidade de se jogar ao mar em busca de novas terras e riquezas. Sendo assim a coroa Portuguesa iniciou suas procuras por novas terras, onde obteve a conquista da Ilha da Madeira e Canária, que mais tardes serviriam como modelo colonização para o Brasil, um pouco diferente, pois essas ilhas não eram habitadas e o Brasil era. Na ilha da Madeira surge a agricultura capitalista, com a produção do açúcar e os vinhedos e vinhos finos.

Vasco da Gama descobre as Indias em 1498, na segunda viagem, devido ao cansaço de Vasco Gama, o fidalgo Pedro Alvares Cabral, tem a oportunidade de "descobrir" o Brasil. Ao ser "descoberta" as novas terras o relato foi feito a coroa. Houve uma segunda viagem para as novas terras "descobertas", terras que inicialmente ficou sendo chamada de Ilha de Vera Cruz. Américo Vespucio foi o responsável de relatar as riquezas da nova terra, entretanto os portugueses tiveram uma visão equivocada, visão que fez com que o Brasil só fosse colonizado 30 anos mais tarde. Américo Vespucio relata a Coroa a árvore de tintutura, ou seja, o pau – brasil, e leva as primeiras amostra para Portugal, a partir dai as novas terras deixa de se chamar Ilha de Vera Cruz e passa a se chamar Brasil.

·         ... “Portugal, como o restante da Europa, havia sofrido um severo declínio populacional na metade do século XIV; o abandono subsequente de terras periféricas juntamente com o despovoamento de cidades e aldeias criara uma “crise feudal” clássica, com as camadas superiores da sociedade sendo esmagadas economicamente pela perda de boa parte de sua renda costumeira”. (p 241)
·         “No, entanto o avanço português não se limitou a descer a costa oeste da África, por mais importante que isso se tenha revelado no final. Essas viagens marítimas inevitavelmente puseram-nos em contato com as ilhas do Atlântico – inicialmente Madeira e as Canárias próximas, mais tarde Açores e Cabo Verde. Foi a experiência de Portugal nessa região, mais do que na África, que criou os padrões utilizados mais tarde na colonização do Brasil”. ( p 242)

·         “Relata-se que Vasco da Gama, após se retorno das Índias em 1499, alegou cansaço e recomendou que a expedição subsequente de 1500 fosse confiada a Pedro Álvares Cabral, um fidalgo e membro da casa real. A frota de cabral, formada por treze navios, seguiu a rota de Vasco da Gama de Lisboa via Canária até Cabo Verde, mas após atravessar as calmarias, foi empurrado para o oeste por ventos e correntes do Atlântico Sul e acabou por avistar, a 22 de abril de 1500, a costa brasileira perto de Porto Seguro atual”. ( p 246)

·         “A segunda frota de três caravelas deixou Lisboa em maio de 1501, sob o comando de Gonçalo Coelho, trazendo a bordo Américo Vespucio como cronista”. ( p 246)

·         “... não encontro nada de que possa tirar-se proveito, salvo infinidade de árvoresde tinturaria e de cássia...” ( p247)

Com uma visão equivocada da terra, pois os portugueses achavam que o Brasil não era tão rica, eles resolveram arrendar o Brasil, ou seja, a coroa portuguesa, entregou as terras para que fosse explorada por terceiros, nesse caso Fernaão Noronha, ao arrendar a terra á assinatura de um contrato. Em 105 se expira o contrato e a coroa assume o controle novamente até 1534, pois a coroa volta a arrendar  as terras, desta vez para senhores no intuito de colonizar. E a criação de feitorias reais no Brasil. O interesse português na colônia brasileira era só econômico. Ainda existia duvida em relação as riquezas existentes. Portugal e Espanha passam a disputar por terras brasileiras, em busca de rotas para a conquistas de especiarias, entretanto o maior problema dos portugueses não eram os espanhois mas sim os franceses com o comércio ilegal do pau-brasil. Pois devido a concorrência francesa no comércio do pau-brasil, a coroa portuguesa teve queda nos lucros e o preço material caiu. Portanto para impedir as invasões francesas os portugueses, passaram a vigiar a costa brasileira com frotas. Os franceses continuam a fazer comércio no Brasil, e vão a justiça lutar contra os direitos de Portugal sobre a colônia brasileira, pois os portugueses não a habitava completamente, como os portugueses não habitavam completamente as terras brasileiras os franceses se sentiam no direito de fazer comércio, a coroa portuguesa percebe que impossível expulsar os franceses, através de patrulhas marítimas, o Brasil possui grandes dimensões, e a coroa não possuía recursos, portanto a França seguiu fazendo negócios.

Com a política portuguesa em desenvolvimento, Dom João III, junto com seus conselheiros chegam a conclusão de que era necessário implantar colonias no Brasil, Martim Afonso foi o responsável por patrulhar a costa brasileira e criar a primeira colônia, a de São Vicente. Os portugueses através da implantação das colonias passaram a impedir os índios de comerciar com os franceses. A coroa passou os custos desta colonização para investidores due viram na cana – de – açúcar um bom investimento no novo mundo.

·         ... “No contexto da experiência anterior de Portugal no Atlântico, a natureza do Brasil era ambígua”. (p 248)

·         “Para desenvolver os poucos produtos comercializáveis que foram encontrados (madeira para tintura, macaco, escravos e papagaios) a coroa optou por arrendar o Brasil a um consórcio de comerciantes de Lisboa, encabeçados por Fernão Noronha, que já havia adquirido alguma importância no comércio com a África e as Índias”. (p 248)

·         “Nos anos seguintes (1506- 1534) de exploração da coroa, Portugal continuou a adotar padrões criados na África durante o século XV, isto é, manteve feitorias reais numa série de pontos estratégicos ao longo da costa (Pernambuco, Bahia?, Porto Seguro?, Cabo Frio, São Vicente?), mas autorizava embarcações particulares a comerciar os nativos sob seus auspicios”. ( p 249)

·         “Mais importantes a longo prazo que as tentativas espanholas ao longo das costas brasileiras foi o comércio ilegal do pau-brasil pelos franceses”. (p 251)

·         ...” A competição francesa não apenas privou a coroa portuguesa de lucros, mas também abaixou o preço do pau-brasil devido ao aumento da oferta no mercado da Antuérpia”. ( p 251)

·         ...” Em vez de tentar impedr que o navios franceses aprtassem na costa brasileira, os portuguees esteabeleciam uma série de colônias para impedir que a população indígena comerciasse diretamente eles(franceses)”. ( p 253)